O que parece inofensivo pode ser o vilão da bateria do seu carro.
A tecnologia avançou e trouxe praticidade para o nosso dia a dia automotivo, mas com ela vieram também novas demandas de energia. Um hábito comum, como deixar o carro destravado em garagens ou a chave presencial perto do veículo, pode ter um efeito devastador na bateria.
Ignorar os sinais e manter esses sistemas em alerta constante é um convite para que a bateria se esgote antes do esperado. A consequência? Ficar a pé justamente quando mais precisamos do carro.
Segundo o engenheiro Erwin Franieck, do Conselho Superior da SAE Brasil, o problema reside nas unidades de controle eletrônico (ECUs) dos veículos modernos. Essas centrais, que funcionam como o “cérebro” do carro, não entram em modo de hibernação quando o veículo não é devidamente trancado.
As ECUs em Alerta Constante: O “Cérebro” Que Nunca Dorme
Quando o carro não é travado completamente, o sistema interpreta que uma nova partida é iminente. Isso faz com que as ECUs permaneçam ativas, aguardando um comando de ignição. Essa prontidão constante, em vez de um desligamento completo, consome energia desnecessariamente.
O engenheiro Erwin Franieck explica que, além do processamento das centrais, outros sistemas periféricos também continuam drenando a carga da bateria. “Na verdade, os veículos atuais têm uma série de sistemas que ficam ligados caso não sejam travados finalmente,” afirma.
Isso inclui a disponibilidade de energia para diversos pontos, como carregadores de celular, e o monitoramento contínuo de sensores e atuadores. É como manter um computador em modo de espera (stand-by) por tempo prolongado, em vez de desligá-lo totalmente.
Chave Presencial: O Perigo da Proximidade e da Comunicação Ininterrupta
Para quem utiliza a tecnologia de chave presencial, o cuidado deve ser ainda maior. O sistema depende de uma comunicação constante entre o transponder da chave e as antenas do veículo. Se a chave for deixada muito próxima do carro, como em uma bancada ao lado da garagem, essa conexão permanece ativa.
Essa troca de dados contínua gera um efeito cascata de consumo energético. O sistema de imobilizador e as antenas de recepção do veículo não param de buscar o sinal da chave, gerando um dreno no veículo.
Simultaneamente, a própria bateria interna da chave presencial consome energia para manter o link de rádio frequência ativo, resultando em um dreno na chave.
Como Garantir a Durabilidade da Bateria do Seu Carro
A recomendação técnica para evitar que a bateria do seu carro se esgote precocemente é simples e eficaz: deixe o carro sempre travado, mesmo que ele esteja em um local seguro como a sua garagem.
Ao acionar o comando de trava pelo controle remoto, o sistema do veículo recebe o sinal para iniciar um desligamento gradual dos módulos eletrônicos. Isso reduz o consumo de corrente para níveis mínimos, permitindo que a bateria descanse.
Para as chaves presenciais, a dica é mantê-las a uma distância segura do veículo. Outra medida eficaz é guardá-las em embalagens plásticas com alumínio. Essas precauções garantem que ambos os sistemas, do carro e da chave, entrem em um estado de repouso, preservando a vida útil das baterias.

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