O alto custo da embreagem do Citroën C3 e os problemas que persistem
A troca da embreagem do Citroën C3, um carro posicionado no segmento de entrada, revelou um custo surpreendentemente elevado, totalizando R$ 3.281. Este valor, considerado alto para a categoria, é apenas o começo de uma história de insatisfação e problemas persistentes após o serviço.
Mesmo com o material de embreagem indicando durabilidade para mais 10.000 km, a dirigibilidade do veículo já estava severamente comprometida. A necessidade de aumentar o giro do motor nas saídas e o receio de que o carro morresse a qualquer momento tornaram a experiência de dirigir frustrante.
Conforme relatado em uma matéria publicada, o veículo foi levado a uma concessionária Citroën em São Paulo para a troca da embreagem. O orçamento inicial para o kit de embreagem (disco e platô) foi de R$ 1.256, com o rolamento cobrado à parte por R$ 146. A troca do óleo do câmbio, com 2 litros de 75W80, somou R$ 196, mas posteriormente foi descoberto que o óleo correto seria o SAE 75.
Detalhamento dos custos e comparação de orçamentos
As peças, incluindo juntas (R$ 90), adaptadores (R$ 21) e um guia de apoio (R$ 42), totalizaram R$ 1.751. A mão de obra adicionou outros R$ 1.880 ao orçamento, elevando o custo total para R$ 3.631. Para comparação, um orçamento em outra concessionária, no Rio de Janeiro, para o mesmo serviço chegou a R$ 4.671, com R$ 2.376 destinados às peças (incluindo o garfo da embreagem) e R$ 2.295 à mão de obra.
Após um desconto de R$ 350, o custo final do serviço na primeira concessionária foi reduzido para R$ 3.281. A oficina também ofereceu uma lavagem cortesia, que, infelizmente, deixou os comandos e painéis de porta engordurados devido ao uso de um revitalizador inadequado.
Problemas que persistem após a troca da embreagem
Apesar da melhora no conforto ao dirigir após a troca da embreagem, o Citroën C3 ainda apresenta problemas intermitentes. Ruídos no painel surgem em ruas irregulares, e falhas no motor, descritas como estouros que parecem vir do coletor de admissão ou escape em baixas velocidades, continuam a incomodar.
Esses problemas persistentes levantam questões sobre a qualidade do serviço realizado e a necessidade de investigações mais aprofundadas. A experiência com o Citroën C3, que já teve suportes do motor trocados em garantia e passou por revisões, mostra que mesmo após reparos significativos, a confiabilidade mecânica pode ser comprometida.
É relevante notar que uma experiência similar foi relatada com a Fiat Strada, que também apresentou embreagem pesada e exigindo mais rotação nas arrancadas, mesmo quando a embreagem ainda possuía material de atrito. Isso sugere que questões relacionadas à embreagem em carros do grupo podem exigir atenção especial, mesmo quando os componentes aparentam estar em bom estado.
O Citroën C3, atualmente com 83.180 km rodados, continuará seu teste de longa duração, com a expectativa de que os problemas intermitentes sejam solucionados para garantir uma experiência de uso mais satisfatória nos próximos quilômetros.
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