A nova Toyota Hilux 2027 chega ao mercado com uma decisão estratégica que pode surpreender muitos entusiastas e consumidores. Em vez de adotar a moderna plataforma TNGA-F, utilizada em modelos como a Tacoma nos Estados Unidos, a montadora optou por manter a robusta e veterana arquitetura IMV.
Essa escolha não é um passo atrás, mas sim um movimento calculado para garantir que a picape continue acessível, mantendo um baixo Custo Total de Propriedade (CTP). A Toyota visa, com isso, atender às necessidades de mercados emergentes, onde o Brasil se destaca, juntamente com a Ásia e a Austrália. A engenheira-chefe regional da Toyota Motor Asia, Anyarat Sutthibenjakul, explicou que a prioridade é o cliente, que não precisa arcar com os custos de uma plataforma maior e mais cara, desnecessária para o perfil de uso nessas regiões.
A decisão de manter a plataforma IMV foi baseada em pilares essenciais para a Hilux: Qualidade, Durabilidade e Confiabilidade (QDR), além de um desempenho off-road comprovado e segurança. Essa abordagem visa otimizar o produto para o consumidor final, sem se prender apenas à unificação da produção global da fabricante. A nova Toyota Hilux 2027, portanto, foca em entregar o que o cliente realmente espera e precisa.
Motorização e a chegada ao Brasil
Sob o capô, a nova Toyota Hilux 2027 trará o conhecido motor 2.8 turbodiesel de quatro cilindros. Para as versões 4×4 automáticas, um sistema híbrido-leve (mild-hybrid) de 48V será adicionado. O objetivo principal deste sistema é aprimorar a eficiência de combustível e a resposta em acelerações, sem grandes alterações nos números de potência e torque atuais, que são de 204 cv e 50,9 kgfm nas versões convencionais. A tração 4×4 continua sendo temporária, um acerto que favorece a economia e a facilidade de manutenção.
Para o mercado brasileiro, a expectativa é alta, mas a paciência será necessária. A nova Toyota Hilux 2027 está prevista para chegar ao Brasil apenas em 2027, com um lançamento escalonado. A produção na fábrica de Zárate, na Argentina, deve começar no final de 2026, permitindo que as primeiras unidades cheguem às concessionárias brasileiras no início do ano seguinte. As versões com motor a diesel convencional serão as primeiras a estrear, seguidas pela opção híbrida leve no segundo trimestre de 2027.
O futuro é elétrico, mas o presente é adaptado
Apesar de a plataforma IMV ser mantida, a Toyota não descarta um ciclo de vida mais curto para esta atualização da Hilux, possivelmente com reformulações mais frequentes nos próximos cinco anos, impulsionadas por regulamentações de emissões cada vez mais rigorosas. O futuro da picape é inegavelmente elétrico, com versões 100% elétricas e a célula de combustível já confirmadas para alguns mercados globais. Para regiões onde o diesel ainda predomina, a marca estuda variantes híbridas plenas (HEV) e híbridas plug-in (PHEV).
A configuração GR Sport, conhecida por seu chassi com eixos alargados e desempenho aprimorado, não está confirmada para o lançamento inicial da Toyota Hilux 2027 no Brasil. A complexidade de fabricação foi citada como um dos motivos para essa ausência momentânea, mas a Toyota não descarta seu retorno futuro, prometendo um “desempenho excepcional” caso a versão topo de linha volte ao catálogo.
SW4 segue os planos
O SUV Toyota SW4, que compartilha a base com a Hilux, também está nos planos para a América do Sul. Apesar de ter saído de linha em outros mercados, como a Austrália, sua produção argentina está prevista para começar entre março e abril de 2027, acompanhando o cronograma da picape. A chegada da inédita Hilux elétrica está prevista para 2028, com produção iniciando no final de 2027.
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