A nova geração da Toyota Hilux acaba de registrar um marco importante em sua trajetória no quesito segurança, alcançando nota máxima em testes de avaliação. A renomada picape média demonstrou um desempenho robusto em todos os quatro pilares de análise, com um destaque especial para a proteção oferecida aos ocupantes mais jovens.
Contudo, apesar dos avanços, a picape não saiu ilesa de todas as avaliações. A estrutura frontal da Hilux recebeu penalidades devido ao risco potencial para ocupantes de veículos em sentido contrário, e a proteção cervical do motorista em testes de impacto frontal total foi classificada apenas como “marginal”. Estes pontos levantam discussões importantes sobre a segurança em colisões com outros veículos.
A apresentação oficial da nova Hilux ocorreu em novembro, revelando uma atualização significativa sobre o modelo anterior. Embora o design tenha passado por uma renovação expressiva, tanto no exterior quanto no interior, a plataforma base, a IMV, permanece a mesma desde 2004, com atualizações pontuais ao longo dos anos. Essa decisão, segundo a Toyota, visa manter os custos de produção sob controle, especialmente considerando a vasta presença da picape em mercados emergentes. A adoção de uma arquitetura mais moderna, como a TNGA-F utilizada em modelos como Tacoma, Tundra e Land Cruiser, elevaria consideravelmente o preço final da Hilux.
Design Renovado e Plataforma Mantida
A nova Toyota Hilux, apresentada no final do ano passado, surge como uma evolução substancial do modelo existente. O visual foi completamente redesenhado, tanto na parte externa quanto na interna, conferindo um ar mais moderno e atraente à picape. Essa reestilização profunda visa atender às expectativas dos consumidores por novidades estéticas e tecnológicas.
No entanto, por baixo da nova roupagem, a estrutura fundamental da Hilux permanece a mesma. A plataforma IMV, lançada originalmente em 2004, continua a ser a base da caminhonete, ainda que tenha recebido diversas atualizações ao longo de quase duas décadas. Essa escolha estratégica da Toyota, conforme divulgado pela própria montadora, está diretamente ligada à necessidade de manter um preço competitivo em mercados globais onde a picape é um veículo de grande volume de vendas, especialmente em países em desenvolvimento.
A empresa argumenta que a implementação de uma plataforma mais recente, como a TNGA-F, que já equipa outros modelos da marca como a Tacoma, Tundra e Land Cruiser, resultaria em um aumento expressivo nos custos de produção. Esse aumento, inevitavelmente, se refletiria no preço final para o consumidor, tornando a Hilux menos acessível em diversos mercados importantes para a Toyota. Assim, a estratégia é equilibrar a modernização visual e tecnológica com a viabilidade econômica.
Inovações Elétricas e a Chegada ao Brasil
A Toyota tem explorado novas fronteiras em termos de motorização, e a nova Hilux não foge à regra. Uma das novidades mais significativas é a introdução de uma **versão totalmente elétrica** da picape. Diferente de protótipos anteriores, esta variante elétrica possui um alcance comercial mais amplo e representa um passo importante da marca no segmento de veículos eletrificados.
Equipada com baterias de íons de lítio com capacidade de 59,2 kWh, a versão elétrica conta com dois motores, um em cada eixo, totalizando 196 cv de potência. O torque é distribuído de forma inteligente, com 20,5 kgfm no eixo dianteiro e 26,8 kgfm no traseiro. A autonomia declarada é de 240 km, com uma capacidade de carga de 715 kg, tornando-a uma opção viável para diversas aplicações.
Além da versão puramente elétrica, a Toyota também está desenvolvendo uma **variante movida a células de hidrogênio (FCEV)**. Embora ainda em fase de testes e desenvolvimento, a marca japonesa já confirmou o lançamento desta tecnologia inovadora para meados de 2028. Essa aposta no hidrogênio demonstra o compromisso da Toyota com a diversificação de energias limpas e a busca por soluções de mobilidade sustentável a longo prazo, mesmo que sua chegada ao mercado seja mais distante.
Hilux no Mercado Brasileiro: Híbrido Leve e Motorização Tradicional
No Brasil, a nova geração da Toyota Hilux será oferecida em duas configurações de motorização principais, combinando o conhecido com o inovador. A primeira opção é a **tradicional motorização turbodiesel 2.8 de quatro cilindros**, que já equipa o modelo atual e entrega 204 cv. Essa motorização é conhecida por sua robustez e confiabilidade, características que sempre marcaram a Hilux no mercado brasileiro.
A grande novidade para o consumidor brasileiro, e que já foi confirmada pela Toyota, é a chegada da **variante híbrida leve (mild-hybrid)**. Esta versão conta com o auxílio de um motor elétrico de 16 cv, alimentado por baterias de íons de lítio com 0,2 kWh de capacidade. Essa tecnologia, conhecida como sistema de 48 Volts, visa aprimorar a eficiência de combustível e reduzir as emissões de poluentes, sem comprometer significativamente o desempenho da picape.
A expectativa é que o lançamento da nova Toyota Hilux híbrida leve no mercado brasileiro ocorra no **último trimestre de 2026**, podendo se estender para o início de 2027. Essa previsão confirma informações preliminares que já haviam sido divulgadas em 2023, quando a nova geração da picape ainda estava em fase de concepção e desenvolvimento. A chegada desta tecnologia representa um avanço importante para a Hilux no Brasil, alinhando-a às tendências globais de eletrificação.
Desempenho em Segurança e Pontos de Atenção
A nova Toyota Hilux obteve uma classificação de segurança notável, alcançando **nota máxima** em avaliações recentes. A picape média demonstrou um desempenho exemplar nos quatro pilares de avaliação, com um destaque particular para a **proteção infantil**. Este resultado reforça o compromisso da Toyota em oferecer um veículo seguro para toda a família.
No entanto, a avaliação completa revelou pontos que merecem atenção. A estrutura frontal da Hilux foi penalizada em oito pontos devido ao **risco que representa para os ocupantes de veículos que trafegam em sentido contrário** em caso de colisão. Essa avaliação levanta preocupações sobre a compatibilidade da estrutura da picape com a de outros veículos em cenários de impacto frontal.
Adicionalmente, a **proteção do pescoço do motorista no teste de impacto frontal total foi considerada apenas “marginal”**. Essa classificação indica que, embora haja alguma proteção, ela não atinge os níveis ideais de segurança em situações de colisão frontal severa. Estes aspectos, apesar de não impedirem a nota máxima geral em alguns quesitos, são cruciais para uma análise completa da segurança da nova Hilux e para o desenvolvimento de futuras melhorias pela montadora.
O Futuro da Hilux e a Plataforma IMV
A decisão da Toyota de manter a plataforma IMV na nova geração da Hilux, mesmo com o avanço de tecnologias mais modernas, é uma estratégia calculada. A plataforma, lançada originalmente em 2004, passou por diversas atualizações ao longo dos anos, garantindo sua evolução e adaptação às exigências do mercado. No entanto, a base estrutural remonta a quase duas décadas atrás.
A Toyota justifica essa escolha pela necessidade de **manter os custos de produção sob controle**. A Hilux é um veículo de projeção global, com forte presença em mercados em desenvolvimento onde o preço é um fator determinante para a decisão de compra. A adoção de uma matriz mais moderna, como a TNGA-F, utilizada em modelos como a Tacoma, Tundra e Land Cruiser, aumentaria significativamente o custo de fabricação da picape.
Essa abordagem permite que a Toyota continue oferecendo a Hilux em uma ampla gama de mercados, mantendo sua competitividade. Ao mesmo tempo, a empresa investe em tecnologias como a eletrificação e o hidrogênio para diversificar sua linha de produtos e atender às demandas por veículos mais sustentáveis, demonstrando um equilíbrio entre a tradição e a inovação. A chegada da versão híbrida leve ao Brasil em 2026 é um reflexo dessa estratégia de adaptação.

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